O voo MH17 da Malaysia Airlines se despedaçou sobre a Ucrânia devido ao impacto de um “uma grande quantidade de objetos com muita energia” e explodiu no ar, disse a Agência de Segurança Holandesa nesta terça-feira (09/09) em um relatório preliminar. A Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia, por sua vez, comentou que o documento não possibilita conclusões sobre o acidente. Na época, foi levantada a teoria de que a aeronave teria sido abatida por um míssil.
Efe
Imagem de 20 de julho mostra câmera registrando detalhes de parte do avião da Malaysia Airlines que caiu sobre a Ucrânia
O avião caiu sobre território do leste da Ucrânia, em 17 de julho, matando 298 pessoas, dois terços das quais holandesas. Investigadores holandeses não conseguiram chegar ao local da queda por causa do conflito. “Não há indicações de que a queda do MH17 tenha sido causada por uma falha técnica ou por ações da tripulação”, diz o texto. “O relatório final será conhecido no verão (do hemisfério norte, entre julho e setembro) de 2015”, disse à Agencia Efe a porta-voz da Junta, Sara Vernooij.
As descobertas preliminares foram recuperadas do gravador da cabine dos pilotos, dos registros dos dados de voo, de imagens de satélite e informações de radar. Separatistas entregaram os gravadores após encontrá-los entre os destroços. Uma série de fotos detalhadas dos destroços no relatório mostram múltiplos impactos de estilhaços.
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O governo ucraniano e seus aliados ocidentais, incluindo os Estados Unidos, dizem ter sido a Rússia quem entregou aos separatistas os mísseis BUK, um enorme e avançado sistema capaz de alcançar um avião de passageiros em altitude de cruzeiro. Moscou nega.
Nesta terça, autoridades russas reclamaram que suas opiniões não foram levadas em conta na elaboração do documento holandês. “Eles [Holanda] não responderam nenhuma das 28 perguntas feitas pela Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia. Está claro que a comissão atua sob pressão de algumas outras forças que buscam ocultar as verdadeiras causas da tragédia”, afirmou Piotr Deinekin, da agência russa.