A ONU informou hoje (14) que já chega a 36 o número de mortos entre os funcionários da organização no Haiti em consequência do terremoto de terça-feira no país mais pobre das Américas.
As vítimas foram contabilizadas entre as pessoas que estavam no Hotel Christopher, sede da Minustah (Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti) na capital haitiana, Porto Príncipe. Cerca de 100 pessoas trabalhavam no prédio no momento do tremor.
Um dos dirigentes da ONU no Haiti, David Wimhurst, informou por videoconferência entre Nova York e Porto Príncipe que as vítimas são quatro policiais, 19 militares e 13 civis. Ele também afirmou que as equipes de resgate esperam encontrar mais corpos nas próximas horas.
Mais cedo, o secretário-geral Ban Ki-Moon havia informado que eram 22 os mortos.
A morte do chefe civil da missão de estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), o tunisiano Hédi Annabi, anunciada na véspera pelo presidente René Préval em entrevista à CNN, em resposta a perguntas insistentes, não foi confirmada pela ONU.
“Mais de 100 pessoas são dadas como desaparecidas”, afirmou a porta-voz da Agência de Coordenação dos Casos Humanitários da ONU (OCHA), Elisabeth Byrs. Segundo ela, essas pessoas se encontravam nas instalações da Minustah no momento do terremoto.
Ajuda humanitária
As agências humanitárias enfrentam um desafio logístico no Haiti, onde a torre do controle do aeroporto não está funcionando e o porto foi devastado pelo terremoto, assinalou a porta-voz da OCHA.
“A prioridade no momento é salvar vidas, tirar os sobreviventes dos escombros, tratar os feridos. É urgente, cada hora que passa diminui a esperança”, afirmou Elisabeth Byrs, durante entrevista coletiva em Genebra.
“Estão chegando 16 equipes de busca e foram mobilizadas outras 40 equipes nacionais”, acrescentou. Byrs, no entanto, teme que os esforços esbarrem em muitas dificuldades.
“No momento, os aviões com ajuda têm que aterrissar de maneira visual (sem ajuda de controladores ou radares), e isso é um problema”.
*Com informações da agência Efe.
(atualizado às 22h20)
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