A onda de manifestações na Europa em protesto às medidas de austeridade adotadas pelos governos em resposta à crise econômica internacional atingiu a Bélgica. Nesta sexta-feira (02/12), na capital Bruxelas, os principais sindicatos convocaram uma greve geral. A paralisação ocorre no momento em que o novo primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, reassume o poder, depois de um ano e nove meses de governo provisório.
A crise econômica na Bélgica é acrescida por elementos da política interna, como a disputa de forças entre grupos valões e flamengos. Porém, os belgas reagem às medidas de austeridade, anunciadas pelo governo, para garantir o pagamento das dívidas e empréstimos concedidos pela União Europeia.
Para as centrais sindicais belgas, a FGTB (Federação Geral do Trabalho da Bélgica), a CSC (Confederação de Sindicatos Cristãos) e o Sindicato Liberal, as medidas de austeridade podem agravar a situação econômica e não combatê-la. A ideia é reunir, apenas em Bruxelas, 50 mil pessoas nas manifestações.
O orçamento belga estima que o déficit do PIB (Produto Interno Bruto) atinja 2,8% em 2012 e o alcance do equilíbrio orçamental em 2015. De acordo com dados de analistas belgas, 41% dos 11.300 milhões de euros de que o país necessita serão conseguidos por meio de reduções na despesa pública e 36% por intermédio de receitas fiscais (aumento de impostos e tarifas públicas).
Nos últimos dias, gregos, britânicos e portugueses saíram às ruas em protesto contra as medidas de austeridade adotadas em seus países. As centrais sindicais da Grécia, do Reino Unido e de Portugal convocaram paralisação por 24 horas.
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