O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, prometeu submeter seu programa de reformas a um voto de confiança no parlamento e, se não conseguir ser aprovado, convocar eleições antecipadas.
O governante discursou nesta sexta-feira (20/8) em entrevista coletiva em Roma após uma reunião de seis horas da executiva de seu partido, o Povo da Liberdade (PdL), realizada em Roma.
Nela, o PdL abordou a estratégia que adotará no novo curso político e os apoios com os quais conta o governo italiano após a expulsão do partido do cofundador Gianfranco Fini e a cisão de um novo grupo parlamentar, Futuro e Liberdade para a Itália (FLI).
“O Povo da Liberdade pretende pedir um renovado compromisso do parlamento” para prosseguir com as reformas nos próximos meses até o final da legislatura em 2013, disse o primeiro-ministro, quem acrescentou que, se não houver maioria, convocará as urnas “imediatamente”.
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“Se não obtivermos o compromisso da maioria, não haveria mais alternativa além do voto, no mais tardar em dezembro, porque além deste tempo seria negativo para o país”, incidiu Berlusconi em discurso retransmitido ao vivo.
O premiê explicou também que a executiva do PdL já deu ordem aos chefes de seus grupos na Câmara dos Deputados e no senado para que preparem a questão de confiança que deverá ser aprovada pelos dois plenários.
Berlusconi descartou também a hipótese de formação de um governo de transição que substitua seu governo para reformar a lei eleitoral e depois convocar eleições.
“Não existe nenhuma teoria jurídico-política que possa chegar a justificar um governo do qual saíram derrotados das disputas eleitorais”, disse o primeiro-ministro.
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