A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, disse nesta quarta-feira que países e organismos internacionais não farão verificações sobre a suposta presença de guerrilheiros na Venezuela, afirmando que agora “estamos olhando para frente”.
“Não. Verificação, não. Estamos olhando para frente. Vamos ver que mecanismos podemos implementar. A ideia é que a comissão de segurança defina os melhores métodos”, disse, em entrevista publicada na site do jornal “El Tiempo”, de Bogotá.
Na entrevista, ela destacou o importante papel da União de Nações Sul-americanas (Unasul) no restabelecimento das relações políticas e comerciais entre Colômbia e Venezuela, estipulado terça-feira em Santa Marta pelos presidentes Juan Manuel Santos e Hugo Chávez.
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“O presidente Néstor Kirchner (secretário-geral da Unasul) é muito próximo ao presidente Chávez, e teve uma ótima relação com o presidente Santos. Isso gerou confiança nos dois lados”, disse.
Quanto à Organização dos Estados Americanos (OEA), “o que vimos com a declaração do secretário-geral, José Miguel Insulza, é que esperaria que os dois países solicitassem alguma mediação. E, como se sabe, isso não traz confiança à Venezuela”.
A administração do agora ex-presidente Álvaro Uribe apresentou perante a OEA uma denúncia, apoiada em vídeos, fotos e testemunhos de ex-guerrilheiros, afirmando que há chefes guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) na Venezuela.
Na ocasião, a Colômbia pediu a criação de uma comissão que verificasse as denúncias, pedido que foi reiterado na cúpula da Unasul realizada mês passado em Quito, Equador, para discutir a crise.
Acrescentou que, na reunião do próximo dia 20 de agosto com o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas, a ideia é colocar para funcionar tanto o mecanismo para o tema de segurança na fronteira quanto as outras comissões.
As relações diplomáticas entre os dois países estavam suspensas desde o último dia 22 de julho pelas denúncias da Colômbia perante a OEA sobre a presença guerrilheira no país vizinho.
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