Pelo menos 86 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em um ataque armado do grupo jihadista Boko Haram a um povoado do norte da Nigéria, como informou a imprensa local neste domingo (30/01). Após ataque com armas, casas foram queimadas com pessoas dentro, inclusive diversas crianças.
A ação aconteceu em Dalori, perto da cidade de Maiduguri, capital do estado de Borno. A localidade fixa próxima do maior campo de refugiados pela violência do Boko Haram, que abriga em torno de 25 mil pessoas.
Povoado ficou destruído:
Boko Haram burns kids alive as part of a Nigerian attack that leaves 86 people dead https://t.co/SGTosnBtYl (Getty) pic.twitter.com/es6MIWSzEz
— USA TODAY (@USATODAY) 1 fevereiro 2016
Os jihadistas invadiram o povoado com um comboio de carros 4×4 e motos e dispararam indiscriminadamente contra a população, colocando fogo em seguida nas habitações, com pessoas dentro.
De acordo com um sobrevivente, que se escondeu atrás de uma árvore durante o ataque, era possível ouvir diversas crianças gritando enquanto eram queimadas vivas, sem conseguir abandonar as casas em chamas.
Várias casas foram incendiadas e, antes de deixar o local, o grupo infiltrou três mulheres-bombas que detonaram seus explosivos, segundo relatou o coronel Musthapa Anka ao jornal The Nation.
NULL
NULL
“Acabávamos as orações da noite, quando homens armados chegaram ao nosso povoado e atiraram indiscriminadamente e queimaram as casas”, disse o morador Kulo Sheriff. “Detonaram duas bombas. Todo mundo fugiu para a selva de onde vimos nossas casas em chamas”.
O ataque foi condenado pela União Europeia que disse estar empenhada no apoio aos Estados africanos na luta contra os grupos jihadista que atuam na região.
Veja imagens do local após o massacre (imagens fortes):
Este é o terceiro atentado que o grupo terrorista realiza nos últimos cinco dias, nos quais mais de 100 pessoas morreram.
O estado de Borno se transformou em um dos maiores alvos do grupo jihadista. Em 2015, Boko Haram matou mais de 3 mil pessoas, apesar de ter perdido a maior parte do território que controlava na Nigéria e no Chade.
* Com informações da Agência Efe
Reprodução/ Twitter