As ações asiáticas e australianas fecharam em queda hoje (9) após notícias corporativas influenciarem as negociações da região. Diversas empresas venderam papéis – como fez a Alibaba.com, o maior site de comércio eletrônico da China, que vendeu 13 milhões de ações da empresa por 35 milhões de dólares. Os papéis da empresa caíram 6,7% em Hong Kong. Como resultado, o index MSCI Asia Pacific teve interrompida sua alta de quase um ano caindo 8% e alcançando 115,02 pontos.
As ações no Japão se retraíram após a agência de classificação de risco JPMorgan Chase dizer que o setor bancário do país está entre “os mais vulneráveis para a implementação de novas regulamentações globais de capital”. O índice Nikkei da Bolsa de Valores de Tóquio fechou em queda de 0,78% e chegou nos 10.312,14 pontos. O índice Topix caiu 0.7% ficando com 939,84 pontos.
Em Hong Kong a bolsa fechou em queda aos 218,77 pontos, uma diminuição de 1,04%. A retração foi liderada pela má atuação dos papéis do setor financeiro, que perdeu 140,15 pontos, seguido do setor de telecomunicações, que perdeu 37,20 pontos. O índice Shangai Composite, contudo, teve uma alta de 0,54%, produto do aumento das ações de metais.
A queda de 1% nas vendas a varejo e o mal desempenho do setor imobiliário pesaram no índice australiano S&P/ASX 200, que baixou 0,04% atingindo 4.522,20 pontos.
Europa
As ações europeias abriram em queda, com investidores vendendo ações para receber os lucros das três últimas sessões. Enquanto o setor de mineração encabeçou as vendas, o setor automotivo teve alta após bancos atualizarem qual seria o valor justo desses papéis.
O índice Ibex-35 da Bolsa de Valores de Madrid abriu em baixa de 0,23%, com 11.341 pontos. O índice DAX 30 da Bolsa de Frankfurt despertou em queda de 0,21%, aos 5.470 pontos. O índice FTSE-100 da Bolsa de Valores de Londres retraiu 10 pontos (0,2%) na abertura, aos 4.937,4. Em Paris, retração de 0,12% no começo do pregão.
Nova crise?
Em entrevista à BBC, o ex-presidente do Fed (Federal Reserve, banco central americano) Alan Greenspan afirmou que o mundo sofrerá outra crise financeira. Para o economista, as crises desse tipo são inevitáveis.
“É a natureza humana, até que alguém encontre uma forma de mudar essa natureza, teremos mais crises e nenhuma delas será como essa porque nenhuma crise tem algo em comum com a outra, além da natureza humana”, afirmou.
Greenspan afirmou ainda que a crise atual foi desencadeada pelas negociações das hipotecas subprime nos Estados Unidos, quando empréstimos foram liberados a pessoas com histórico ruim de crédito, mas ele afirmou que qualquer outro fator poderia ser o catalisador do problema. “Se não fosse por essas dívidas podres, algo teria emergido mais cedo ou mais tarde”, disse.
Alan Greenspan foi o presidente do Fed por 18 anos, deixando o cargo em 2006. Durante esse período, era considerado uma das pessoas mais influentes do mundo, já que suas decisões a respeito da condução da economia norte-americana afetavam diretamente todo o sistema financeiro global. Seus críticos dizem que as políticas de juro baixo de Greenspan facilitaram a oferta de crédito e foram responsáveis por alimentar a bolha imobiliária, raiz da crise.
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