A FAB (Força Aérea Brasileira) prorrogou hoje (21), para o dia 2 de outubro, o prazo para que as empresas que disputam o fornecimento de novos caças ao país apresentem melhorias em suas ofertas.
Inicialmente, as três fabricantes finalistas do programa F-X2 tinham até hoje para entregar novas propostas.
Disputam o contrato para a venda de 36 caças de multiemprego a francesa Dassault, com o caça Rafale; a norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet; e a sueca Saab, com o Gripen NG.
De acordo com nota da FAB, a prorrogação do prazo foi um pedido da sueca Saab.
Na sexta-feira, durante visita ao Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, já havia sinalizado a possibilidade de estender os prazos para a apresentação de melhorias. O cronograma inicial da FAB prevê o anúncio da escolha do novo caça até o final de outubro.
Na dianteira das negociações
Até o momento, o Rafale é apontado como o favorito na negociação, principalmente após a visita do presidente da França, Nicolas Sarkozy, ao Brasil, durante as comemorações do Dia da Independência, em 7 de setembro.
Na ocasião, foi divulgada uma nota conjunta de Sarkozy e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que os dois anunciaram a abertura de negociações para a compra do Rafale pelo Brasil.
Detalhes do acordo não foram divulgados, mas o empresário francês, Jean-Paul Herterman, presidente do Sanfran, afirmou que o negócio estaria avaliado em 5 bilhões de euros. O líder do grupo que reúne produtores de peças de aviação francesa e desenvolvem pesquisas em tecnologia de segurança afirmou também que restavam apenas detalhes referentes aos contratos, e que os primeiros caças deveriam ser entregues em 2013.
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Na semana passada, o vice-ministro da Defesa da Suécia, Hakan Jevrell, veio ao Brasil e afirmou que o preço do Gripen NG seria a metade daquele cobrado pelos demais concorrentes.
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Apesar do anúncio dos presidentes francês e brasileiro e das declarações de Jean-Paul Herterman terem sido interpretados como uma vitória da Dassault, na semana passada, Lula disse que a disputa ainda estava indefinida.
Quanto às negociações entre Brasil e França, o governo francês anunciou a intenção de adquirir algumas unidades do cargueiro KC-390, que está sendo desenvolvido pela Embraer.
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