O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se reúne nesta quinta-feira (18/08) para definir a adoção de novas sanções ao governo da Síria comandado pelo presidente Bashar Al Assad. Para a diplomacia brasileira, as sanções individuais causam mais divisão. Apesar da crescente condenação internacional à Síria pela repressão a manifestantes civis, o Brasil deverá se opor às medidas.
Na reunião do conselho, serão discutidos os próximos passos do órgão devido à violência na Síria, deixando cerca de 1,7 mil mortos e milhares de detidos desde o início dos protestos contra o governo, em março. A família Assad está no poder há 41 anos.
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O Itamaraty defenderá medidas de pressão sobre Damasco para que interrompa a violência e implemente as promessas de transição à democracia. Para o Brasil, é necessário dar tempo para que Assad organize um processo eleitoral que permita ao país deixar o modelo unipartidário.
Na semana passada, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, exortou todos os países a cortar laços políticos e econômicos com Damasco. Segundo Hillary, ao comprar petróleo e gás natural da Síria e lhe vender armas, os países dão a Assad fôlego para manter a repressão. Líderes europeus também adotaram sanções e alguns do Oriente Médio têm se posicionado contra Assad.
Na reunião de hoje também deve ser anunciado o envio de uma missão humanitária do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha, sigla em inglês) à Síria, com o qual o governo sírio teria concordado.
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