Delegações do Brasil e do México começam a negociar hoje (11/5) um tratado baseado no acordo de associação estratégica firmado em fevereiro, durante a XXI Cúpula do Grupo do Rio e a II Cúpula da América Latina e do Caribe (Calc), realizadas em Cancún.
O embaixador brasileiro no país norte-americano, Sergio Florencio, afirmou que este é o “início de um processo formal de trabalhos” que visa estabelecer um pacto comercial amplo e estratégico. Ele assinalou que não sabe onde e quando “vamos chegar”, mas garantiu ter uma “sólida convicção” de que alcançar um consenso nos moldes do que buscam ambas delegações ocasionará uma boa situação.
Conforme informações da imprensa local, o funcionário não deu detalhes sobre se o documento será um Tratado de Livre Comércio ou um Acordo de Complementação Econômica (ACE) que aprofunde o intercâmbio entre ambas nações.
Ao participar de um evento sobre oportunidades e benefícios da aproximação econômica comercial entre Brasil e México, Florencio disse que o acordo convém principalmente ao México, que possui tarifas médias de cerca de 5%, enquanto que as do Brasil equivalem a 12%.
Segundo o embaixador, as cifras revelam que os brasileiros “têm menos dificuldades para entrar no mercado mexicano” — prova disso é que, em 2008, o Brasil importou US$ 2,53 bilhões em produtos mexicanos, tendo exportado US$ 3,92 bilhões.
Em março, a subsecretária de Comércio Exterior do Ministério da Economia mexicano, Beatriz Leycegui, informou que a proposta formal para um possível acordo comercial de maior tamanho com o Brasil seria apresentada depois de consultas realizadas junto às indústrias do país.
Boa parte do setor produtivo da nação governada por Felipe Calderón rechaçou a possibilidade, dizendo não ter as mesmas condições e apoio que os brasileiros — sobretudo os setores agropecuário e de calçados.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL