O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que a Colômbia deveria ser mais “transparente” sobre o acordo militar com os Estados Unidos, que está em processo de negociação e exortou ao diálogo colombianos e venezuelanos, após o presidente Hugo Chávez congelar as relações diplomáticas com o país.
“Eu acho, pessoalmente, que se há uma preocupação sobre o novo acordo militar da Colômbia com os Estados Unidos, seria bom – e eu disse isso ao chanceler colombiano – seria bom que a Colômbia diga transparentemente o que é, para que as pessoas possam discuti-lo”, disse o chanceler brasileiro ontem (29).
Amorim indicou que com “esse objetivo que foi criado o Conselho de Defesa Sul-Americano da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) que integram os países da região”.
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Crise diplomática
Em meio à crise que se instalou após a retirada do embaixador venezuelano de Bogotá, Amorim declarou que o Brasil está disposto a trabalhar para “recompor” a confiança entre Venezuela e Colômbia.
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O chanceler disse que “o Brasil sempre trabalhou e seguirá trabalhando pela amizade e a reconciliação entre esses dois países” e cogitou a possibilidade de os novos problemas serem discutidos no Conselho de Defesa da Unasul.
Esta semana, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou que decidiu “congelar” as relações com a Colômbia e retirar diplomatas desse país, depois que Bogotá denunciou um suposto desvio de armas venezuelanas para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
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Amorim não precisou qual poderia ser o papel do Brasil nesta nova crise entre Venezuela e Colômbia.
Já o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que já tinha previsto viajar para Caracas amanhã (31) por outros assuntos, antecipou que a crise com a Colômbia é um dos temas que discutirá com Chávez e outras autoridades do governo venezuelano.
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