O governo do Brasil, por intermédio do MRE (Ministério das Relações Exteriores), negocia para resgatar até quinta-feira e sexta-feira 183 brasileiros que estão em Benghazi, na Líbia. A retirada dos brasileiros será feita por um navio privado – contratado pela empresa construtora Queiroz Galvão – que deve levá-los até a Grécia ou Malta. As negociações começaram nesta terça-feira (22/02).
Segundo diplomatas que atuam na operação, o trabalho de resgate tem sido articulado em parceria com a Queiroz Galvão e o apoio de embaixadas do Brasil na Grécia, no Egito e na Itália – países próximos à Líbia. A ideia é que chegando a outro país, os brasileiros retornem ao Brasil por via aérea.
Leia mais:
Ministro do Interior líbio renuncia e pede a Exército para se unir ao povo
“O plano da Otan é ocupar a Líbia”, diz Fidel Castro
Violência na Líbia faz petróleo disparar e ameaça economia europeia
Itamaraty apela à Líbia para autorizar saída de estrangeiros e livre circulação
Filho de Kadafi nega bombardeios em áreas urbanas da Líbia
No total, há de 500 a 600 brasileiros na Líbia, a maioria residentes, segundo o Itamaraty. Muitos trabalham para construtoras como a Queiroz Galvão, a Andrade Gutierrez e a Odebrecht, além da Petrobras. De acordo com o Itamaraty, todos os brasileiros estão bem.
Ontem, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que a embarcação que transportará os brasileiros deverá sair da Itália. Mas não há detalhes sobre a origem do barco e a bandeira que será utilizada.
Em visita ao Brasil desde anteontem, a ministra das Relações Exteriores da França, Michele Alliot-Marie, colocou à disposição dos brasileiros voos já fretados para o transporte de franceses. Como Patriota, Alliot-Marie repudiou a violência com que o governo da Líbia reagiu às manifestações contrárias à gestão de Muammar Kadafi.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL