O ex-prefeito de Bogotá Sergio Fajardo, candidato de oposição à presidência da Colômbia, defendeu hoje (7) a retomada das relações com o governo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que estão congeladas desde o ano passado.
Em entrevista concedida à agência de notícias italiana Ansa, Fajardo ressaltou a necessidade de “reconstruir” os laços bilaterais. “Quantas pessoas estão fisicamente dormindo nas ruas porque uma má relação diplomática se converteu em desemprego?”, questionou.
“Naturalmente, a Colômbia tem que proteger as fronteiras, inclusive por mandato constitucional”, lembrou o postulante, acrescentando, por outro lado, que é necessário “não provocar” incidentes que “não têm sentido”.
Caracas congelou suas relações com Bogotá depois de ser acusada de fornecer lançadores de foguetes para guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
Fajardo também ressaltou hoje que, se eleito no pleito do dia 30 de maio, não aceitará negociar com grupos armados, a menos que haja uma deposição das armas por parte dos militantes.
“Nunca me sentarei como governo com alguém que tenha uma arma nas mãos para ver o que quer. Tem que haver uma decisão prévia de deixar as armas”, disse ele, acrescentando que uma eventual negociação de paz tem que passar por um “consenso nacional”.
O candidato, que foi prefeito de Medellín até 2007, também defendeu a revisão de alguns dos acordos com os Estados Unidos, tomando como base “a soberania, o respeito e a relação construtiva”.
Elogio a Uribe
No ano passado, Bogotá e Washington assinaram um convênio para que 1.400 oficiais norte-americanos possam usar sete bases militares na Colômbia por até dez anos. O acordo incomodou alguns países da região, como a Venezuela.
Durante a entrevista, Fajardo também elogiou o atual governante, Álvaro Uribe, que goza de altos índices de popularidade. “Sua política deu um sentido muito positivo ao controle do território, que deve estar nas mãos do Estado”, afirmou.
Em uma pesquisa eleitoral divulgada nesta semana, Fajardo aparece com 9% das intenções de voto, empatado com o ex-parlamentar governista Germán Vargas. No entanto, os dois estão 14 pontos percentuais atrás do ex-ministro da Defesa Juan Manuel Santos.
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