A coligação de centro-direita do primeiro-ministro conservador Fredrik Reinfeldt venceu neste domingo (19/9) a esquerda nas eleições legislativas na Suécia, mas não conseguiu revalidar a maioria absoluta no Parlamento por causa do apoio do ultradireitista Democratas da Suécia, constatam pesquisas boca-de-urna.
Na pesquisa realizada pelo canal privado TV4, divulgada poucos minutos antes do fechamento dos colégios eleitorais – às 20h local (15h pelo horário de Brasília) -, a coligação governista obteve 48,2% dos votos contra 46,4% da esquerda e 4,1% da extrema-direita, somente um décimo acima do patamar mínimo.
A distância entre os dois blocos amplia para quatro pontos percentuais – 49,1% contra 45,1% – em outra pesquisa, esta da emissora pública SVT, divulgada poucos minutos depois e na qual a extrema-direita também seria decisiva, ao obter 4,6% dos votos.
Leia também:
Suécia oferecerá caças ao Brasil pela metade do preço de França e EUA
Fundador do Wikileaks é acusado de estupro na Suécia
O Partido Social-Democrata mantém em ambas as pesquisas o posto de partido político mais votado que ostenta na Suécia há um século, à frente do Partido Moderado (conservador). Os social-democratas obtêm 32,7% de votos contra 27,2% dos moderados na pesquisa da “TV4” e 30% contra 29,1% na da SVT.
Em ambas as pesquisas, o Partido Verde – formado pelos partidos Social-Democrata e da Esquerda – sobe até a terceira posição provisória.
Os outros três componentes da coligação, o Partido Liberal, o Partido Democrata-Cristão e o Partido de Centro mantêm nas duas pesquisas de opinião resultados similares aos obtidos nas últimas eleições, de 2006.
O triunfo da coligação de Reinfeldt seria o primeiro de um chefe de Governo sueco no poder, mas ficaria denegrido pelo hipotético papel de veredicto que as pesquisas atribuem aos Democratas.
Durante a campanha eleitoral, os dois blocos principais deixaram claro que não colaborariam com a extrema-direita e pediram expressamente aos suecos a não votarem nesse partido de caráter xenófobo, uma questão que ocupou boa parte das discussões dos últimos dias.
A hipotética entrada dos Democratas no Parlamento marcaria o retorno da extrema-direita, que já foi representada no Legislativo no início da década de 1990 pela formação Nova Democracia, que manteve “refém” o Governo de centro-direita de então e chegou a provocar sua queda.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL