A chanceler mexicana, Patricia Espinosa, convocou nesta quinta-feira (05/01) o corpo diplomático a “melhorar a imagem” do país e “convencer o mundo” de que a nação é “maior do que seus problemas”.
A ministra das Relações Exteriores pediu aos embaixadores e cônsules que diversifiquem as relações políticas e econômicas porque “ainda persiste em muitos países da América Latina a ideia de que para o México a prioridade é a relação com os Estados Unidos”.
Segundo Espinosa, o México “certamente é chave no devir norte-americano, mas também o é no da América Latina e Caribe”.
“Devemos impulsionar o crescimento no montante das exportações que atualmente chagam a 300 bilhões de dólares (cerca de R$ 551 milhões) por ano, mas também diversificar os mercados”, acrescentou.
De acordo com a chanceler, com a América Latina e o Caribe “é necessário redobrar os esforços para dar conteúdo aos vínculos econômicos para eliminar a percepção regional de que o México tem como única prioridade seus vínculos com a América do Norte”.
Violência
O pedido de Espinosa acontece em um momento delicado em que o México enfrenta o crescimento vertiginoso dos cartéis de narcotraficantes por todo o país.
Em 2006, o presidente conservador Felipe Calderón declarou guerra ao tráfico de drogas. A ação já ocasionou a morte de mais de 40 mil pessoas e diversos atentados pelo país contra as forças de segurança e até mesmo contra a imprensa.
Na última terça-feira (03), Edgardo Buscaglia, especialista em segurança, assessor da ONU (Organização das Nações Unidas) e presidente do Itam (Instituto Autônomo do México), chegou a afirmar que pelo menos 71,5% dos municípios mexicanos estão “sob o controle” de cartéis.
Para ele, os cartéis possuem uma “infraestrutura física aberta, permanente e notória”. Ainda de acordo com o assessor, em 2006 o crime controlava 34% dos municípios mexicanos e em 2010 o número subiu para 53%.
*Com informações da Agência Ansa
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