O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, não assistiu à posse de seu colega salvadorenho, Mauricio Funes, devido ao risco de que fosse assassinado, disse hoje (2) o ministro de Assuntos Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro.
“Efetivamente, graças a fontes de inteligência sobre grupos de extrema-direita internacional, foi possível captar que havia um alto risco e foi tomada a decisão correta de suspender a visita do presidente Chávez e reprogramá-la para outra oportunidade”, disse Maduro em comunicado.
Com isso, o chanceler venezuelano confirmou a versão do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que disse ontem, em El Salvador, que Chávez não assistiu aos atos por “razões de segurança”.
Maduro acrescentou que não descarta que membros ativos da CIA e do terrorismo internacional estejam envolvidos no caso. O chanceler nomeou o opositor venezuelano Alejandro Peña Esclusa e o cubano-venezuelano Luis Posada Carriles como possíveis responsáveis pela ameaça. “Este tipo de riscos e ameaças se une muito à ideia louca de parte da oposição de direita venezuelana de tentar ameaçar a vida do chefe de Estado”, afirmou.
Ausências
A informação vem poucos dias após a suspensão da maratona de quatro dias do programa “Alô Presidente”, que teria sido provocada por problemas técnicos, segundo o Ministério de Comunicação e Informação. A maratona – em comemoração aos 10 anos do programa – se iniciou na quinta-feira passada (28), com uma transmissão de oito horas, e prosseguiu na sexta-feira com outra de seis horas. Os capítulos de sábado e domingo não foram ao ar.
Uma viagem a Caracas, prevista para domingo, foi igualmente cancelada, segundo fontes da Presidência venezuelana. Chávez encontraria o presidente boliviano, Evo Morales, com quem iria a El Salvador para a solenidade de posse de Mauricio Funes.
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