No dia em que os credores aguardam a entrega da nova proposta grega, agora detalhada, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse nesta quinta-feira (09/07) esperar que a restruturação da dívida grega faça parte de um eventual acordo sobre o terceiro pacote de resgate à economia grega.
“A proposta realista da Grécia dever vir acompanhada de uma contraproposta dos credores igualmente realista sobre a sustentabilidade da dívida. Só então teremos uma situação em que todos vencem. Do contrário, continuaremos nessa dança letárgica em que estivemos metidos no últimos cinco meses”, disse Tusk, chefe do mais alto órgão político da UE (União Europeia), segundo informou a agência Reuters.
Agência Efe
Tusk (esq.) é o presidente do Conselho Europeu, órgão que reúne os líderes dos países-membros do bloco
A declaração de Tusk faz coro aos comentários emitidos recentemente por uma série de autoridades da área, entre os quais está o FMI (Fundo Monetário Internacional), também credor grego e primeira instituição a tomar oficialmente o calote do governo liderado pelo esquerdista Alexis Tsipras, do Syriza, quando venceu a data de um pagamento de € 1,6 bilhão devido ao fundo.
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Ontem, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, afirmou que a “aguda” crise grega exige uma reestruturação’ o FMI, segundo ela, sempre defendeu um enfoque que “combinasse a sustentabilidade da dívida com reformas estruturais”.
Processo de negociação
Os credores europeus da Grécia aguardam para ainda hoje a entrega da nova, e detalhada, proposta de Atenas, após o referendo popular do último domingo (05/07) ter rejeitado a política de austeridade.
Uma vez entregue o novo plano, as lideranças do Eurogrupo, que reúne os países-membros da moeda única, irão discuti-la no sábado (11/07), para que, no domingo, chefes de Estado de todos os 28 países do bloco debatam em conjunto a situação da Grécia.
