Autoridades chilenas anunciaram neste sábado (25/03) a decisão de modificar a restrição total à importação de carnes brasileiras e limitar a suspensão aos produtos dos 21 frigoríficos investigados na Operação Carne Fraca.
O Serviço Agrícola do país afirmou em comunicado que a proibição de importar carne brasileira valerá para qualquer estabelecimento que seja envolvido nas investigações realizadas pela Polícia Federal sobre a adulteração dos produtos.
A decisão, explicou o órgão, foi tomada depois de visitas de funcionários do Chile ao Brasil para obter informações sobre antecedentes dos produtos que são exportados ao país.
Agência Efe
Açougue em São Paulo; Chile tomou decisão após visitas de funcionários chilenos ao Brasil para obter informações sobre produtos que são exportados ao país
NULL
NULL
Segundo a Associação Chilena da Carne (Achic), o país importou US$ 873 milhões em carne bovina em 2016. Do total, 33,5% foram comprados no Brasil.
Também neste sábado, o Ministério da Agricultura brasileiro anunciou que a China reabriu o mercado para a carne produzida no Brasil. Pequim foi um dos primeiros a restringir a importação do produto brasileiro após a deflagração da Operação Carne Fraca.
Em comunicado, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que “a regularização do ingresso da carne brasileira na China mostra o espírito de confiança mútua entre os dois países e a disposição para dialogar com boa fé” e pode ser entendido como “atestado categórico da solidez e qualidade do sistema sanitário brasileiro e uma vitória de nossa capacidade exportadora”.
A China é um dos principais destinos da carne do Brasil, maior exportador mundial de carnes bovinas e aves. O escândalo pela descoberta de que empresas subornavam fiscais sanitários para vender carnes com prazo de validade vencida provocou na última semana a suspensão ou a restrição da importação da carne brasileira pela União Europeia, China, Chile, Argentina, Uruguai, Egito e Emirados Árabes Unidos, entre outros.
*Com Agência Efe