A equipe jurídica que representa os interesses do Estado chileno perante a Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia, foi reforçada devido à apresentação da réplica do Peru, autor do processo, na próxima terça-feira (09/11).
Os peruanos apresentaram em janeiro de 2009 a ação pedindo a modificação dos limites marítimos com o Chile. Este país, por sua vez, alega que as demarcações foram fixadas e ratificadas por tratados firmados na década de 1950.
Segundo o chanceler chileno, Alfredo Moreno, na terça-feira será concluída a “parte escrita do processo” e, logo, serão realizadas as considerações orais. Em vista do sucesso das próximas etapas, o governo decidiu incorporar duas novas pessoas, confirmou ele à imprensa local.
Os novos membros da equipe são “Enrique Barros, presidente do Colégio de Advogados, que foi advogado integrante da Suprema Corte, um destacado jurista” e “o italiano Luigi Condorelli, cuja última participação nesse tipo de ação foi como advogado do Uruguai na divergência com a Argentina sobre as fábricas de pasta de celulose, obtendo [naquela ocasião, ndr.] um bom resultado”, explicou Moreno.
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Equador
Por sua vez, o Equador, que também assinou os acordos, em 1952 e 1954, informou estar acompanhando com “preocupação”, embora pretenda manter-se “neutro”.
“Haia nos preocupa, mas estamos em uma situação complexa, porque também temos muitas boas relações” com as duas nações envolvidas, declarou o presidente equatoriano, Rafael Correa, que está em meio a um impasse, visto que seu país poderia se pronunciar no caso, conforme orientou o tribunal, se acreditasse ser conveniente.
“O Equador manterá uma posição imparcial, mas sem deixar de lado os sócios históricos, como o Chile”, afirmou ele, em entrevista a um jornal chileno.
Na última semana, em uma viagem relâmpago ao Chile para conhecer a Antártida, Correa validou os tratados com seu homólogo Sebastián Piñera, o que é visto como um sinal de apoio a Santiago.
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