Uma ação de despejo de manifestantes em uma estrada no Panamá acabou com ao menos uma pessoa morta e dez feridas neste domingo (05/02).
A ação pretendia retirar um grupo de indígenas e ativistas que realizavam protestos contra as ações das mineradoras e a construção de usinas hidrelétricas na região.
Segundo o ministro panamenho da Segurança, José Raúl Mulino, a vítima foi o dirigente estudantil Gerónino Montezuma. O ministro negou, porém, que a Polícia Nacional do Panamá tenha utilizado armas letais.
Ele também informou que um grupo de argentinos, costarriquenses, canadenses e nicaragüenses que havia sido tomado como refém pelos indígenas foi libertado e ainda acusou os manifestantes de tentarem ocupar quartéis da polícia.
A defensora pública do Panamá, Patria Portugal, lamentou o ocorrido e defendeu que os grupos indígenas não deveriam ter detido cidadãos de outros países.
Por sua vez, o dirigente indígena Liborio Miranda condenou a ação policial contra o protesto e disse que esse episódio “não deterá a luta”. Os protestos contra as intervenções das mineradoras e das usinas em reservas indígenas já duram uma semana.
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