O governo da Colômbia responsabilizou nesta sexta-feira (18/01) o Exército de Libertação Nacional (ELN) pela explosão de um carro-bomba que ocorreu na quinta-feira (17/01) em uma escola de cadetes na capital colombiana.
O ministro da Defesa do país, Guillermo Botero, afirmou que o motorista que dirigia o veículo carregado com 80 quilos de explosivos, José Aldemar Rojas Rodríguez, era ligado à guerrilha.
Ainda segundo o governo, Rojas Rodríguez, que morreu com a explosão no atentado, “fazia parte da frente Domingo Laín Sáenz” do ELN e teria planejado o ataque durante 10 meses.
Segundo a emissora multiestatal teleSur, o motorista estava identificado pelas autoridades colombianas como um especialista em explosões, embora ele não possuísse antecedentes criminais nem uma ordem de prisão vigente.
Por sua vez, o ELN afirmou pelas suas redes sociais que a informação de que Pablo Beltrán, o líder do grupo, teria se manifestado a respeito do atentado é falsa.
Atentado
José Aldemar Rojas Rodríguez estava a bordo de uma caminhonete e furou o controle de segurança na Escola de Polícia General Santander, em Bogotá, se aproveitando de uma brecha na entrada para veículos de carga, durante uma cerimônia de formatura.
O veículo carregava cerca de 80 quilos de explosivos e foi detonado algumas dezenas de metros depois da entrada da escola, entre um auditório e um alojamento matando 20 pessoas e deixando 68 feridos. Rodríguez tinha 56 anos e era natural de Puerto Boyacá.
Diálogos de paz
As negociações de trégua entre guerrilha e o governo ocorrem desde 2017, quando a rodada de diálogos se iniciou em Quito, capital do Equador, durante o governo do então presidente Juan Manuel Santos. Desde então, as decisões oscilam entre o cessar-fogo e a retomada dos conflitos.
Após o acordo de paz com as FARC em 2016, a atividade do ELN, autodeclarada última guerrilha ativa do país, passou a ser o grande foco de resolução do governo Duque.
A organização afirma ter cerca de 1.500 integrantes e atua em cerca de 10% dos municípios colombianos, segundo a Fundação Paz e Reconciliação.
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Ministro da Defesa, Guillermo Botero, afirmou que motorista era membro do grupo armado