Cuba anunciou que respeitará os protocolos de Diálogo de Paz estabelecidos entre o governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional (ELN), depois que o presidente da Colômbia, Iván Duque, afirmou, nesta sexta-feira (19/01), a reativação de mandados de captura contra 10 membros que participam da mesa de diálogo e estão em Havana.
Em seu pronunciamento, o presidente colombiano afirmou ainda que a decisão significava “o término imediato” dos benefícios concedidos como parte do diálogo estabelecido pela administração anterior.
Via Twitter, o chanceler cubano, Bruno Rodriguez Parrila, escreveu: “O Ministério das Relações Exteriores de Cuba atuará em estrito respeito aos Protocolos de Diálogo de Paz estabelecidos entre o Governo e a ELN, incluindo o Protocolo em Caso de Ruptura da Negociação”.
Rodrigues afirmou que “Está em consulta com as partes e outros fiadores”. Chile, Venezuela, Brasil e Noruega são países fiadores do processo.
O chanceler também prestou condolência ao povo colombiano por causa do atentado ocorrido na última quinta-feira e que causou a morte de 20 pessoas “#Cuba reitera suas condolências à #Colombia”, postou.
Duque, por sua vez, além de reativar os mandados de captura contra os negociadores de paz da ELN na capital cubana, pediu que as autoridades da ilha entreguem os membros do grupo para a Colômbia.
O anúncio das decisões tomada pelo presidente colombiano acontece depois do atentado com uma bomba que matou 21 pessoas e 68 feridos na Escola de Polícia General Santander, em Bogotá. O Governo da Colômbia responsabilizou o Exército de Libertação Nacional (ELN) pela explosão.
As negociações de trégua entre guerrilha e o governo ocorrem desde 2017, quando a rodada de diálogos se iniciou em Quito, capital do Equador, durante o governo do então presidente Juan Manuel Santos. Desde aquela época, as decisões oscilam entre o cessar-fogo e a retomada dos conflitos.
Após o acordo de paz com as FARC em 2016, a atividade do ELN, autodeclarada última guerrilha ativa do país, passou a ser o grande foco de resolução do governo Duque.
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Anúncio foi feito depois que o governo colombiano reativou mandados de captura contra membros que participam da mesa de diálogo em Havana