A Procuradoria Geral da Colômbia anunciou nesta quarta-feira (15/9) que 29 militares serão julgados pelo suposto envolvimento no assassinato de civis como parte da prática de falsos positivos, em 2005, de acordo com informações da rede de notícias TeleSur.
De acordo com o texto da Procuradoria, “a investigação remonta o dia 14 de maio de 2005, quando em San José de Oriente, no município de La Paz, tropas do Exército Nacional assassinaram Frank Enrique Martínez y Claudino Manuel Olmedo”, ambos moradores de Valledupar e que não faziam parte das FARC, como alegado pelos militares.
“Todos os acusados foram indiciados por sua suposta responsabilidade no crime de homicídio de pessoas protegidas”, diz o texto, já que segundo a procuradoria, Martínez e Olmedo não morreram em meio a enfrentamentos com o exército e sim em “situações distintas”.
Os casos de “falsos positivos” na Colômbia, começaram a surgir em 2008, durante o governo de Alvaro Uribe, quando militares passaram a apresentar para mostrar resultados aos seus superiores corpos de supostos guerrilheiros mortos em combate para mostrar resultados.
Impunidade
Dois anos depois das denúncias, poucos envolvidos foram punidos. De acordo com a ONU, a impunidade nos casos de execuções extrajudiciais na Colômbia atinge 98,5%, o que contribui para a falta de segurança e a violência no país.
O ministro da Defesa da Colômbia, Rodrigo Rivera, que expressou sua preocupação com a demora da justiça em punir os envolvidos em casos de falsos positivos, exigiu que a Procuradoria solucione os casos que ainda não foram julgados no prazo de um ano.
Em abril, os casos dos falsos positivos foram apontados pelo chefe da delegação na Colômbia do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Christophe Beney, como uma das violações “mais preocupantes” do país.
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