Movimentos populares, sindicatos e diversos setores da sociedade civil da Colômbia foram às ruas nesta quinta-feira (19/11) para protestar contra o governo do presidente Iván Duque.
Com o lema “Pela vida, paz, democracia e negociação do plano emergencial”, os colombianos rechaçaram a falta de diálogo do governo com grupos sociais e cobraram a aplicação de um plano emergencial contra a pandemia do novo coronavírus que foi apresentado em junho deste ano e destacava as principais demandas da sociedade em meio à emergência sanitária.
Segundo entidades organizadas, o pacote que pedia renda básica, garantias para educação e outras demandas ainda não foi discutido pelo governo.
Diversas marchas foram vistas nas principais cidades do país como Bogotá, capital colombiana, Cartagena, Bucamaranga, Cucutá, Riohacha e outras. Às 9h da manhã (11h no horário de Brasília) manifestantes já se reuniam pelas ruas da capital. O ponto de encontro final foi na Praça Bolívar e os manifestantes marcharam por diversas vias da cidade.
Membros da Federação Colombiana de Trabalhadores na Educação (Fecode) se encontraram no Parque Nacional e partiram para o destino combinado. De forma pacífica e respeitando as medidas de contenção da covid-19, grupos de estudantes também se mobilizaram na região.
Reprodução/CUT Colombia
Colombianos rechaçaram falta de diálogo do governo com movimentos sociais
Na região de Cartagena, a manifestação contou com mobilização de profissionais da área da saúde, que rechaçam um projeto de lei que poderia permitir privatizações no setor. Às 11h (13h no horário de Brasília), colombianos ocuparam avenidas e ruas da cidade.
Ao jornal El Universal, Gil Alberto, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) da Colômbia, afirmou que a marcha buscou denunciar que o governo Duque “não dialoga e não negocia”.
“Ele não quis sentar-se com a Comissão Nacional de Desemprego ou com o indígenas para falar sobre o documento emergencial”, disse.
Os protestos em Cartagena também tomaram como alvo o prefeito da cidade. Manifestantes pediram o fim da corrupção local e rechaçaram o fechamento de uma unidade hospitalar.
Outras manifestações estão previstas para essa semana na comemoração de um ano da greve nacional que tomou o país em 2019, assim como uma mobilização para marcar um ano da morte de Dilan Cruz, jovem que foi vítima da violência policial durante protestos no ano passado.