As forças francesas, pelo segundo dia, fizeram ataques aéreos contra rebeldes islâmicos no Mali neste sábado e enviaram tropas para proteger a capital Bamako, em uma operação que envolve centenas de soldados, informou neste sábado (12) o ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian.
Ao mesmo tempo, o Exército de Mali afirmou neste sábado (12/01) ter retomado o controle da estratégica cidade de Konna, no centro do país, fazendo com que as tropas fundamentalistas islâmicas recuassem para o norte. A ação faz parte uma contraofensiva do governo que passou a contar com ajuda militar francesa.
Um piloto francês foi morto na sexta-feira (11) quando seu helicóptero foi abatido durante um ataque aéreo perto da cidade central de Mopti, enquanto a França começava a operação para ajudar o governo de Mali a conter os rebeldes que controlam a maior parte do norte, disse ele.
A operação tinha como objetivo atingir uma coluna de rebeldes baseados em Mopti, disse ele.
“Nesta luta intensa, infelizmente, um dos nossos pilotos foi fatalmente ferido. Ele foi levado para o centro médico mais próximo antes de morrer por causa dos ferimentos”, disse Le Drian, em entrevista coletiva.
O ministro disse que a França enviou forças especiais a Mopti para preparar o terreno e posteriormente encaminhou “várias centenas” de tropas a Bamako na sexta-feira, para proteger a capital.
A França tinha adicionais caças Rafale em modo de espera, Le Drian disse.
O ministro disse ainda que um ataque por forças francesas na Somália para tentar resgatar um agente secreto francês mantido refém desde 2009 não estava ligada à intervenção Mali. Acredita-se que o refém, Denis Allex, tenha morrido no ataque, juntamente com um soldado, segundo Drian. Um segundo soldado estava desaparecido.
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Grupos armados de orientação islâmica radical controlam o norte de Mali desde junho passado. Na quinta-feira eles iniciaram uma ofensiva e tomaram o controle de Konna, em uma estratégia de avanço em direção ao sul, que provavelmente incluía a capital, Bamaco.
Auxiliado por forças estrangeiras lideradas pela França, o Exército malinês lançou então uma contra-ofensiva que conseguiu, em um primeiro momento, deter o avanço dos fundamentalistas antes de retomar o controle de Konna.
O presidente interino de Mali, Dioncounda Traoré, já dera a entender ontem, em discurso dirigido à nação, que as Forças Armadas do seu país, apoiadas pela aviação francesa, haviam conseguido recuperar o controle das mãos dos islâmicos.
“A situação na frente está, globalmente, sob controle”, indicou o presidente antes de prometer uma reação “implacável e em massa” contra os islamitas.