Pelo menos quatro pessoas morreram nesta terça-feira (18/02) e outras 60 ficaram feridas, incluindo vários policiais e dois jornalistas estrangeiros, em um intenso confronto entre as forças de segurança e os manifestantes antigovernamentais em Bancoc.
O incidente, no qual muitos disparos e explosões foram ouvidos, começou no momento em que a polícia tentou desmontar um dos acampamentos manifestantes e deteve um de seus líderes, Somkiat Pongpaibul, que foi libertado algumas horas depois.
Um policial e um manifestante de 52 anos morreram baleados, enquanto as outras duas vítimas – ambas civis – não tiveram as causas de suas mortes esclarecidas. Além disso, segundo o serviço de emergência Erawan, vários agentes, manifestantes e dois jornalistas estrangeiros ficaram feridos. Um correspondente da Agência Efe ficou levemente ferido após a explosão de um artefato lançado por um desconhecido contra os manifestantes.
Agência Efe
Manifestante é levado a hospital após confronto em protesto na Tailândia
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Os confrontos violentos começaram por volta das 11h locais (1h de Brasília), quando um grupo de manifestantes antigovernamentais entrou em confronto com as forças de segurança, que, por sua vez, recorriam ao uso da força para abrir passagem e conseguir chegar ao acampamento dos manifestantes.
A polícia começou nesta terça a tentar remover os acampamentos montados em frente a edifícios governamentais e ruas da capital. Pelo menos 100 pessoas que ocupavam o Ministério de Energia foram presos. Esta foi a primeira detenção desde o início dos protestos que pedem a saída da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, uma ação que já resultou na morte de 12 pessoas e deixou mais de 600 feridas.
A primeira-ministra tailandesa também enfrenta outro tipo de problema devido às supostas irregularidades do programa de subvenções do arroz, além do boicote da oposição e dos manifestantes nas eleições do último dia 2 de fevereiro.
A Tailândia vive uma grave crise desde o golpe militar que resultou na queda de Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck, em setembro de 2006. Desde então, os opositores e partidários do ex-primeiro-ministro, que vive no exterior, recorrem às mobilizações populares para derrubar o governo.
(*) Com Efe