Indignação. Esse foi o sentimento que moveu milhares de pessoas nas ruas dos EUA em repudio à decisão do júri de absolver George Zimmerman, que assassinou o jovem Trayvon Martin. Na Califórnia, segundo informações oficiais da polícia, mais de 150 pessoas foram presas – sob acusação de vandalismo e desordem pública – no terceiro dia de manifestações em Los Angeles e Oakland contra o resultado do julgamento.
Leia também:
Obama está se curvando à elite branca, diz jornalista sobre caso Trayvon Martin
Absolvição de acusado de matar jovem negro leva milhares às ruas dos EUA
Na região metropolitana de Los Angeles, alguns grupos depredaram prédios da Justiça. Uma pessoa ficou gravemente ferida. Cidadãos de todo o país acreditam que o crime teve motivações racistas e não se conformaram com a decisão.
Mother Jones/Los Angeles
O crime de Zimmerman abalou a comunidade negra que enxerga o fato como um ato claro de racismo
As manifestações se estenderam ao redor do país, surpreendendo grupos conservadores que não acreditavam que o julgamento de Zimmerman pudesse ter tanta repercussão. O movimento Occupy Wall Street convocou para essa semana um protesto nacional “Justiça por Trayvon” em mais 40 cidades norte-americanas.
Veja também:
Carlos Latuff: O duplo assassinato de Trayvon Martin
Divulgação Occupy Wall Street
Movimentos sociais dos EUA prometem protestos durante a semana contra o veriditio do juri no julgamento de Zimmerman
O clima de tensão, no entanto, está concentrado na comunidade negra dos EUA. Desde a decisão do júri no sábado, milhares de afrodescendentes estão concentrados nas ruas pedindo por Justiça. A maioria das pessoas presas até o momento pela polícia é também negra.
Trayvon Martin, adolescente afrodescendente de 17 anos, caminhava desarmado pela cidade de Sanford, no Estado da Flórida, quando foi abordado pelo vigia voluntário, George Zimmerman, de descendência hispânica. Zimmerman acionou a polícia, que solicitou que ele não tomasse qualquer ação. O vigia ignorou e atirou no peito Martin, que morreu no local, sem indícios e provas de luta ou confronto. Ele estava desarmado quando foi morto.
““E se fosse uma vigia voluntário negro assassinando um jovem branco?”, questionam diversos cartazes estendidos na ruas de Los Angeles.
NULL
NULL