A congressista republicana Ileana Ros-Lehtinen suspendeu o bloqueio de quase 200 milhões de dólares em assistência de segurança para a Palestina, que ficaram congelados antes do pedido de seu ingresso como Estado na ONU (Organização das Nações Unidas).

 

A decisão da congressista, que preside o Comitê de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos EUA, permite que a Palestina comece a receber os fundos, segundo confirmou nesta segunda-feira (07/11) à Agência Efe um porta-voz de seu escritório, que pediu anonimato.

 

O comitê congelou os fundos no último dia 18 de agosto, como medida de pressão para evitar que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, realizasse seu plano de solicitar a entrada nas Nações Unidas como estado membro.

 

No entanto, no dia 2 de setembro, antes que Abbas levasse seu pedido à Assembleia Geral do organismo, Ileana enviou uma carta à USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, na sigla em inglês) na qual indicava que retiraria suas objeções à entrega de 50 milhões de dólares em apoio às forças de segurança palestinas.

 

Em outra carta ao Departamento de Estado em outubro, a influente congressista informou que seu comitê havia recebido as garantias suficientes para desbloquear outros 148 milhões de dólares em assistência para a Polícia palestina, um passo que considerou necessário para a segurança nacional dos EUA e de Israel.

 

A própria secretária de Estado, Hillary Clinton, defendeu nesse comitê do Congresso, no dia 27 de outubro, a manutenção da ajuda à Autoridade Nacional Palestina, e advertiu que sua ausência aumentaria a influência dos militantes do Hamas, que governam Gaza.

 

No entanto, Ileana manteve congelados 192 milhões de dólares em ajuda para infraestrutura e outros projetos de desenvolvimento na Palestina, e não modificou sua oposição ao possível reconhecimento do território na ONU.

 

Em sua entrevista coletiva diária, a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, reconheceu não estar ciente da suspensão do bloqueio, mas garantiu que esse passo “seria muito bem-vindo”.