O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira (27/09) por unanimidade uma resolução que condena o uso de armas químicas na Síria e adverte o governo de Damasco de que haverá “consequências” caso descumpram os compromissos internacionais.
Os quinze membros do principal órgão da ONU votaram a favor da resolução desenvolvida por Estados Unidos e Rússia, anunciou a Presidência rotativa do Conselho, da Austrália.
A votação aconteceu às 20h16 (local, 21h16 em Brasília) após a superação do último empecilho com a aprovação por consenso do plano da Organização para a Proibição das Armas Químicas para a eliminação do arsenal químico sírio. Na sala se encontravam presente os chefes da diplomacia dos cinco países membros permanentes do Conselho: o norte-americano John Kerry, o russo Serguei Lavrov, o chinês Wang Yi, o francês Laurent Fabius e o britânico William Hague, além dos líderes dos países rotativos.
Agência Efe
Ao lado de Obama, Kerry defendeu a intervenção militar, que foi evitada após intermediação russa com Assad
Os Estados Unidos, com o apoio da França e do Reino Unido, propunham um texto que invocasse o Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que daria margem a sanções e inclusive ao uso da força, mas teve a oposição da Rússia, tradicional aliada de Damasco.
O texto final optou por fazer menção ao Capítulo 7, mas o sujeitou a aprovação de uma segunda resolução, e estabelece que haverá “consequências” se Bashar al Assad não cumprir seus compromissos internacionais.
“Em caso do descumprimento se imporão medidas sob o Capítulo VII da Carta das Nações Unidas”, que regula a imposição de sanções e inclusive o uso da força autorizada pelas Nações Unidas.
A resolução também condena de forma enérgica o uso de armas químicas pela Síria, em particular o ataque do dia 21 de agosto, “como uma violação do direito internacional”, e determina que seu uso é “uma ameaça para a paz e segurança internacional”.
(*) com Agência Efe
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