Em resposta à recente aprovação de uma resolução da ONU que pretende levar os dirigentes da Coreia do Norte ao Tribunal Penal Internacional por “crimes contra a humanidade”, o país asiático ameaçou nesta quinta-feira (20/11) realizar novo teste nuclear.
Efe
Governo de King Jong-un diz que 'rejeita categórica e totalmente' o relatório da ONU, alegando que é 'instrumento de complô político'
Aprovada na última terça (18/11) por 11 votos a favor e 19 contra, a resolução das Nações Unidas alega que a nação de Kim Jong-un deve “prestar contas” pelas atrocidades cometidas, que foram reportadas em um relatório de 400 páginas da ONU, publicado em fevereiro deste ano.
Por sua vez, o governo norte-coreano classifica a mais recente resolução da ONU como “um ato de agressão dos EUA que pretende derrubar o Estado socialista”, ameaçando “intensificar sua capacidade de dissuasão militar”, segundo comunicado publicado pela agência estatal KCNA.
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Baseado em depoimentos de mais de 240 vítimas, o documento prova de modo inédito relatos de testemunhas que acusam as autoridades norte-coreanas de “extermínio, assassinato, escravidão, tortura, encarceramentos prolongados, violência sexual, abortos forçados, privação de alimento, deslocamento forçado de povoações e perseguição por motivos políticos, religiosos ou de gênero”.
“Essas atrocidades cometidas contra os reclusos nos lembram dos horrores nos estados totalitários do século XX”, compara o relatório.
No entanto, para encaminhar o caso para Haia, é preciso obter aprovação do Conselho de Segurança, já que Pyongyang não reconhece a jurisdição do Tribunal. Teme-se, com isso, que Rússia e China usem seu direito de veto para suspender o julgamento dos norte-coreanos.