Pyongyang promoveu mais uma ofensiva retórica neste sábado (06/04), confirmando a grave crise na península coreana. O presidente Kim Jong-un ordenou à indústria de armas do país que aumentasse a produção de artilharia “para garantir um rápido ataque preventivo”, informou a KCTV (televisão estatal norte-coreana).
A KCTV publicou um documentário sobre uma reunião de trabalhadores da indústria de armas. Na ocasião, o presidente norte-coreano pede aos funcionários que “garantam a qualidade da artilharia e projéteis para assegurar um rápido ataque preventivo contra os inimigos”.
Kim Jong-un afirmou que os norte-coreanos devem estar prontos, pois os inimigos também estão se preparando para a guerra. Em nota divulgada pela agência sul-coreana Yonhap, o jovem líder orienta os funcionários dizendo que, “uma vez que exploda uma guerra, será preciso destruir as posições militares e as instituições governamentais primordiais dos inimigos com uma ataque rápido e repentino”.
Agência Efe (01/04)
O jovem presidente norte-coreano, Kim Jong-un, pede que indústria se empenhe na produção de armas para uma possível guerra
A comunidade internacional, mais uma vez, mostrou preocupação com as ameaças de Pyongyang – antes tratadas com ceticismo, mas, agora, entendidas como “reais”. O governo alemão, por exemplo, pediu que a Coreia do Norte cumpra com suas obrigações e garanta a segurança das embaixadas no país, ao mesmo tempo que qualificou como “inaceitáveis” as ameaças lançadas contra a Coreia do Sul.
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O ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, lembrou através de comunicado oficial que a Coreia do Norte deve respeitar “as normas de Direito Internacional” e garantir a segurança e operabilidade das representações diplomáticas em seu território.
Nesta sexta-feira (06/04) o governo norte-coreano afirmou que não poderá garantir a segurança das embaixadas estrangeiras após 10 de abril. No entanto, mesmo com as orientações de Pyongyang, todas as missões estrangeiras locadas no país não mostraram nenhuma intenção de deixar o país neste sábado (06).
Entre os países que têm embaixada em Pyongyang estão Rússia, Alemanha, Reino Unido, China, Irã, Cuba, Suécia, Polônia, República Tcheca, Bulgária, Romênia, Índia, Paquistão, Síria e Brasil, que prometeu avaliar a situação na península coreana para decidir sobre a transferência de seus funcionários da embaixada em Pyongyang.