O coronel uruguaio preso Jorge Silveira, acusado de violações dos direitos humanos, iniciou nesta segunda-feira (18/10) uma greve de fome na prisão para que não se esqueçam de seu caso, disse hoje à Agência Efe.
“Não defino meu protesto como greve de fome, mas como falta de apetite”, disse Silveira na prisão militar.
“Cometeram uma grande injustiça comigo”, afirmou o coronel retirado, que está preso desde dezembro de 2006 por “privação de liberdade” e “formação de quadrilha” em sua participação na repressão suscitada pela ditadura no país (1973 – 1985).
O militar é acusado ainda de ter vínculos com a mudança clandestina a Montevidéu de uruguaios detidos no centro Automotores Orletti, de Buenos Aires.
“Nunca estive em Orletti”, afirmou o coronel, quem acrescentou que “uma das testemunhas que disse” que ele esteve lá “por ter reconhecido” a suz voz “foi diagnosticada com surdez, lesão que sofreu por torturas”.
O coronel retirado, que parou de tomar os medicamentos para diabetes, disse à Efe que “pretende chamar a atenção” da Suprema Corte de Justiça, para que “não se esqueçam” do seu caso.
“Lutei na democracia e durante a ditadura contra os movimentos subversivos no Uruguai, especialmente contra os Tupamaros”, ressaltou.
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