A população da Costa Rica é a mais feliz do mundo. Pelo menos é o que afirma um estudo publicado pela New Economics Foundation, grupo independente britânico que faz o cálculo do HPI (Happy Planet Index ou Índice de Felicidade do Planeta), por meio do cruzamento da expectativa de vida, satisfação populacional e medidas ambientais. Nove entre os dez primeiros lugares foram de países da América Latina, enquanto nações mais desenvolvidas como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá não tiveram o mesmo desempenho.
O país de pouco mais de 5 milhões de habitantes tem expectativa de vida de 78,5 anos e grau de satisfação populacional de 8,5, (numa escala de zero a dez) e ainda tem 99% de sua energia proveniente de meios renováveis, fatos que colocaram a Costa Rica em primeiro lugar na lista dos “mais verdes e felizes”. O último lugar foi do Zimbábue, juntamente com outros países africanos, que ocupam a lanterna.
Os latino-americanos marcaram muitos pontos, segundo o relatório, por não ter muitas aspirações materiais. Entre os países mais desenvolvidos quem teve melhor colocação foi a Holanda (em 43º lugar). Os Estados Unidos ficaram em 114º, posição ainda melhor que na ultima vez que a lista foi divulgada quando figuraram em 150º – na época a lista calculava sua média entre 178 nações, agora são apenas 143.
Apesar da longa expectativa de vida apresentada em países mais desenvolvidos, e uma felicidade razoável apresentada por seus habitantes, seus pontos caem no quesito meio ambiente. Segundo o relatório, o desafio para tais países não é elevar a renda, mas ter vidas mais significativas e criar laços sociais mais fortes.
“O Índice Planeta Feliz é uma das várias tentativas de 'ir além do PIB (Produto Interno Bruto)' e chamar atenção para aspectos importantes de nossa vida”, disse Enrico Giovannini, estatístico chefe da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Ocde).”É impossível capturar em um único indicador a complexidade de nossa sociedade”, acrescentou.
A lista, que foi criada em 1996, conta com 143 países (cerca de 99 % da população mundial) e para ser calculada cruza três fatores: o grau de satisfação da população de cada país participante, a esperança média de vida de seus habitantes e as suas políticas ambientais. Diferentemente do IDH (Índice de De-senvolvimento Humano) da ONU (Organização das Nações Unidas), que avalia riqueza, educação e expectativa média de vida.
Desde seu lançamento, há 13 anos, a pesquisa de HPI, só foi feita uma vez, quando foi realizada entre 178 países e teve como primeiro lugar a ilha de Vanuatu, na Oceania. O Brasil, que agora está em nono, na época ocupou 64 lugar.
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