A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, favorita à reeleição no próximo domingo (23/10), convocou os líderes políticos à unidade nacional, no comício de encerramento da campanha, na noite desta quarta-feira (19/10), em Buenos Aires. “Convoco todos os dirigentes do país à unidade nacional para trabalhar por uma Argentina diferente”, disse Cristina em um teatro da capital argentina lotado por militantes.
Segundo pesquisas OPSM, Poliarquía, Equis e Management & Fit, Kirchner terá mais de 50% dos votos, muito à frente do segundo colocado, o socialista Hermes Binner, com entre 12 e 16%.
Efe
A presidente Cristina Kirchner, favorita à reeleição, finaliza sua campanha eleitoral em teatro de Buenos Aires
A chefe de Estado se emocionou ao mencionar seu falecido marido e antecessor no cargo, Néstor Kirchner, que governou a Argentina de 2003 a 2007 e morreu no dia 27 de outubro de 2010 após uma parada cardíaca. “Peço a todos os que têm responsabilidades institucionais que deixemos de lado as questões menores”, exclamou a líder, que solicitou atitudes inteligentes e autocrítica aos dirigentes.
“Vamos Cristina, não podemos perder!” – cantavam os jovens, muitos membros da “La Cámpora”, o grupo liderado por Máximo, filho da presidente. Ele, 32 anos, e sua irmã Florencia, 21, assistiram ao comício na primeira fila do teatro, ao lado de ministros, governadores e dos principais dirigentes da central operária CGT e das Mães e Avós da Praça de Maio.
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Ela lembrou ainda o momento “complexo, difícil e turbulento” que o mundo atravessa, com uma crise econômica “que parece não ter fim”, e avaliou o processo de integração sul-americana atual. “Uma das conquistas mais importantes é a decisão definitiva de pertencer a esta América do Sul”, destacou Cristina, qualificando a região como “rica em alimentos, água e recursos naturais”. “Vamos defendê-la com integração”.
A governante ressaltou ainda a determinação de países de diferentes visões políticas de priorizar a integração e parabenizou seu candidato a vice-presidente, o ministro da Economia argentino, Amado Boudou, pela postura na reunião do G20 da semana passada em Paris ao defender “as políticas que muitas vezes (os países desenvolvidos) quiseram mudar”.
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Outros candidatos
O comício fez parte da sequência de atividades realizadas nesta semana pelos sete candidatos à Presidência argentina para o encerramento de suas campanhas eleitorais, entre eles, o socialista Hermes Binner, apontado em segundo lugar nas pesquisas de opinião.
“Temos algo que não se compra nem se vende: o entusiasmo. Queremos ser Governo na Argentina para construir um amanhã melhor”, declarou Binner no último ato eleitoral que celebrou em Buenos Aires.
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Ele, que é governador da província de Santa Fé, onde encerrará a campanha nesta quinta-feira, afirmou que o Governo só demonstra preocupação com o âmbito econômico. “(A Argentina) merece uma realidade melhor, onde não se separe o econômico do social, onde o desenvolvimento integre ambos”.
Também encerrou nesta quarta-feira a campanha em Buenos Aires o candidato Alberto Rodríguez Saá, de uma facção do peronismo dissidente. Ele enfatizou a importância de se preocupar com “os trabalhadores e uma economia séria”.
Por sua vez, o radical Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (que governou de 1983 a 1989), terminará sua campanha nesta quinta-feira, com uma caravana por Buenos Aires. Já o ex-presidente Eduardo Duhalde (no poder entre 2002 e 2003), outro dos candidatos do peronismo dissidente, prevê realizar um ato nos arredores da capital argentina nesta quinta.
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