Em um artigo publicado nesta quinta-feira (29/09) pelos meios de comunicação oficiais de Cuba, o ex-presidente do país, Fidel Castro, rebateu declarações do presidente dos Estados Unidos feitas na última quarta. Na ocasião, Barack Obama afirmou que os EUA poderiam dar início a uma “nova relação” com Cuba caso Havana promovesse “ações positivas”, em relação à democracia e aos direitos humanos. Por sua vez, em tom irônico, Castro respondeu que “muitas coisas mudarão em Cuba, mas talvez os EUA caiam antes”.
Fidel disse ainda que essas mudanças ocorrerão por esforço próprio dos cubanos e apesar dos Estados Unidos. No artigo, intitulado de “A Vergonha Supervisionada de Obama”, o ex-presidente cubano tece críticas também ao embargo norte-americano sobre o país, que já dura 50 anos.
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“Que simpático! Que inteligente!”, ironizou Fidel. “Tanta bondade não permitiu que ele [Obama] compreendesse, todavia, que 50 anos de bloqueio e de crimes contra nossa pátria não conseguiram derrubar nosso povo”, completou.}
Agente cubano
No artigo, o ex-presidente reclama também da decisão dos EUA a respeito do cubano René González, que cumpre 13 anos de prisão no país norte-americano por espionagem. González sairá da cadeia no próximo dia 7, mas ainda terá de ficar mais três anos nos EUA em liberdade supervisionada.
“Depois de 13 anos de uma prisão cruel e injusta, o governo dos Estados Unidos – que abrigou monstros como Posada Carriles e Orlando Bosch – obriga René a permanecer nessa nação, onde ficará a mercê de assassinos impunes durante três longos anos”, declarou.
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René foi detido em 1998 junto com outros quatro cubanos. Eles foram acusados por conspiração contra a segurança nacional e as penas chegaram de 15 anos até mesmo a prisões perpétuas para dois deles. A prisão do grupo, conhecido como “Os Cinco Cubanos” gerou protestos do governo de Havana e da população do país, que pede a volta dos compatriotas.
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