Sexta-feira, 18 de abril de 2025
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O presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, pediu nesta sexta-feira (28/03) a realização de referendos em cada uma das regiões do país para averiguar seu respaldo junto aos ucranianos e determinar o status político de cada porção do território ucraniano.

“Como presidente, meus pensamentos e coração estãocom vocês, e chamo cada cidadão sensato da Ucrânia a não se deixar usar pelos impostores. Peçam referendos para determinar o status de cada região da Ucrânia”, disse Yanukovich, em mensagem reproduzida pela agência de notícias russa Itar-Tass.

Agência Efe/Arquivo (28.fev.2014)

Afastado do poder em Kiev desde fevereiro, Yanukovich pediu que regiões da Ucrânia realizem referendos para determinar status político

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Yanukovich está refugiado no sul da Rússia desde o dia 22 de fevereiro. Após a intensificação dos protestos antigoverno na Ucrânia, Yanukovich teve que deixar Kiev, por temer pela sua segurança e a de sua família. Posteriormente, em algumas ocasiões, Yanukovich deu declarações dizendo que ainda era o presidente legítimo da Ucrânia. Atualmente, o país está sendo governado por um gabinete interino e tem eleições gerais agendadas para o dia 25 de maio.

Afastado do poder desde fevereiro e refugiado no sul da Rússia, Viktor Yanukovich não crê que eleições gerais antecipadas estabilizem a política de Kiev

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“Só um referendo nacional, e não eleições presidenciais antecipadas, podem estabilizar a situação política e conservar a soberania e a integridade territorial do estado ucraniano”, disse, sobre o futuro do país. Para ele, o pleito é inteiramente ilegítimo, já que as reformas legislativas são “anticonstitucionais”, as autoridades no poder foram “autoproclamadas” e “não contam com o mandato de confiança do povo ucraniano”.

Acordo assinado em fevereiro

Além disso, Yanukovich insistiu na aplicação dos acordos assinados com os líderes opositores na presença de mediadores europeus e russos em 21 de fevereiro, que contemplava entre outras coisas a formação de um governo de união nacional.

“Farei todo o possível para o cumprimento legal do acordo de 21 de fevereiro e para que esta farsa seja completamente desmontada e os culpados da desintegração do Estado recebam uma merecida punição”, disse.