O ministério público da Arábia Saudita informou neste domingo (16/02) que mais um paciente contagiado pelo coronavírus morreu no país, onde já faleceram ao todo 60 pessoas infectadas pelo vírus. Um jovem, que sofria de câncer, é o 145ª indivíduo a ser contagiado no país desde que, em 2012, foi confirmado o primeiro caso da MERS-CoV (Síndrome Respiratória Coronavírus do Oriente Médio).
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o vírus pode ser transmitido entre humanos após um longo período de contato, e os sintomas são febre, tosse e crises respiratórias, que se agravam gradualmente causando uma forte pneumonia. Uma das características do contágio é que grande parte das infecções ocorrem dentro de unidades de saúde, o que indica que outras doenças podem tornar o indivíduo mais vulnerável à infecção pelo coronavirus.
Segundo o professor Ian Jones, em entrevista ao jornal The Guardian, “as circunstâncias são incomuns, após o contato próximo em um hospital, ou entre pacientes que convivíam juntos, não foram registrados casos de contágio. Isto não equivale a transmissão de humano para humano 'na rua', por isso o risco continua a ser muito baixo”.
Wikicommons
Segundo pesquisa, Camelos vindos da Africa são as prováveis origens do vírus
NULL
NULL
Especialistas ainda não possuem informações suficientes sobre o vírus para fazer recomendações específicas a respeito do tratamento, por enquanto é possível apenas tratar as crises respiratórias. Além disso, ainda não foi descoberta a vacina para a MERS-CoV, que vem sendo estudada em diversos laboratórios europeus.
Um time de pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública e Meio Ambiente, na Holanda, descobriu no fim do ano passado a provável origem do vírus. Testes em um grupo de 50 camelos de corrida aposentados em Omã mostraram 100% de compatibilidade. “No Oriente Médio, um grande número de camelos são importados da África para atender à demanda por carne “, escrevem eles, “Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos estão entre os cinco principais países produtores de carne de camelo”.
Segundo os cientistas, é possível que as infecções tenham acontecido anos atrás, e a mudança genética no vírus ou alguma mudança no ambiente, ou em práticas agrícolas, podem ter habilitado o contágio dos seres humanos.