O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse nesta quarta-feira (08/09), durante a Cúpula Latino-Americana sobre Mudança Climática, que “a destruição planetária não vai parar se não agirmos”. O evento, que foi presidido pelo mandatário e não contou com a presença do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, ocorreu na Casa Rosada, sede do governo argentino.
“Quero agradecer aos líderes regionais que nos acompanham com empenho para enfrentar o desafio das mudanças climáticas. A hora é agora. O relógio da destruição planetária não vai parar se não agirmos agora”, disse Fernández.
Na ocasião do encontro, integrado por 21 países, e com a ausência de Bolsonaro ou de representantes brasileiros, o mandatário argentino acenou para os Estados Unidos, dizendo que a cúpula de líderes do Dia da Terra convocada por Joe Biden estabeleceu a “agenda do clima como uma prioridade política e econômica em nível global”.
“Precisamos de justiça social ambiental, que é o novo nome para o desenvolvimento em nossa região”, disse Fernández. Ele também alertou sobre a “necessidade de pensar em mecanismos inovadores que nos permitam reconstruir e fortalecer melhor os laços de cooperação para cuidar de nossos territórios e comunidades”.
Casa Rosada/Twitter
Encontro precede a Cúpula do Clima que será realizada na Escócia entre outubro e novembro
Fernández disse ainda que o governo argentino propôs esta cúpula para “abordá-la desde o ponto de vista latino-americano e orientada para o debate tendo em vista a reunião de Glasgow”, em referência a Cúpula do Clima que será realizada na Escócia entre o final de outubro e o início de novembro.
Ainda durante o evento, Fernández afirmou ser preciso “ouvir o grito de nossa terra e de nossos povos”. “Juntos podemos fazer parte de uma geração que busca salvar nosso planeta”, disse o presidente argentino.
O enviado especial para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, participam do encontro ao lado de outras autoridades. Entre eles outros líderes de países latino-americanos, como o colombiano Iván Duque, Guillermo Lasso, do Equador, e, do Paraguai, Mário Abdo Benítez.