A presidente Dilma Rousseff iniciou seu discurso na III Cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) exaltando a retomada das negociações entre Cuba e Estados Unidos. No entanto, a mandatária brasileira ressaltou ser preciso que o país norte-americano retire o bloqueio econômico imposto à ilha e classificado por ela como “o último resquício da guerra fria em nosso continente”.
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Agência Efe
III Cúpula da Celac encerra nesta quinta-feira (29/01)
Durante o encontro realizado em San José, na Costa Rica, Dilma ressaltou que o bloqueio é uma “medida coercitiva, sem amparo no Direito Internacional, que afeta o bem-estar do povo cubano e prejudica o desenvolvimento do país e deve ser superada”.
Com relação ao tema central do encontro, Dilma ressaltou os índices obtidos pelo Brasil no combate à insegurança alimentar e citou os esforços do governo para garantir a retirada de 22 milhões de pessoas da extrema pobreza nos últimos quatro anos. “Estamos resgatando os brasileiros da extrema pobreza e criando novas oportunidades para que progridam e melhorem continuamente de vida”, afirmou.
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A pobreza que afeta 28% da população da América Latina e do Caribe. Para a mandatária, os avanços na área social têm sido uma tendência em todos os países da região. “É um grande orgulho saber que este processo de inclusão social é comum a todos os nossos vizinhos da América Latina. Todos os indicadores disponíveis mostram que, na última década, a pobreza e a extrema pobreza diminuíram muito na região”, disse.
Rousseff também abordou o atual momento econômico mundial considerado “muito complexo”. Para ela, parte dos efeitos da crise foi amenizado com o modelo adotado na região, com forte investimento social e políticas anticíclicas. Mas “a recuperação da economia não está ocorrendo de acordo com o esperado”.
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Presidentes e representantes dos 33 países que compõem a região participam da cúpula
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Desta forma, “a cooperação entre os países que compõem a comunidade será decisiva para enfrentar os desafios da crise econômica mundial e retomar o crescimento robusto”, disse. Neste sentido, defendeu a implementação de medidas imediatas para impulsionar a atividade comercial, como a criação de um fórum multissetorial.
Segundo a mandatária, a “cooperação por meio do comércio intrarregional e do estímulo ao desenvolvimento e integração das cadeias produtivas são medidas urgentes”.
“Gostaria de propor um Fórum de Empresários da Celac com a participação dos governos e das empresas. Seu objetivo será desenvolver o comércio, aproveitando as oportunidades diversificadas que nossas economias oferecem e estimular a integração produtiva no espaço Celac, promovendo nossas relações com o resto do mundo. O Brasil valoriza o papel da Celac como área de cooperação e de acordo e esse será mais um passo nessa valorização”, concluiu a presidente.