A centro-direita foi a grande vitoriosa das eleições municipais italianas, cujo segundo turno fora disputado neste domingo (25/06) em 111 cidades do país, incluindo 22 capitais de províncias.
A Força Nacional (FN), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, a Liga Norte, de Matteo Salvini, e o Fratelli d'Italia (FDI) conseguiram conquistar a maioria dos municípios, entre eles Gênova e Pistoia, onde as legendas de centro-direita nunca tinham vencido. O governista Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, do atual premiê Paolo Gentiloni e do ex Matteo Renzi, sofreu uma grande derrota.
Os resultados poderão minar até a liderança de Renzi no PD, que, desde que renunciou ao cargo de primeiro-ministro, no fim de 2016, após uma derrota nas urnas para um referendo constitucional, vem sendo criticado dentro do próprio partido.
No cenário nacional, levando em consideração os dados do primeiro e do segundo turno das eleições municipais italianas, a centro-esquerda ficou com 67 cidades com mais de 15 mil habitantes, contra 59 da centro-direita.
Agência Efe
Matteo Salvini, líder da ultradireitista Liga Norte, durante entrevista à imprensa nesta segunda-feira (26/06)
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O Movimento Cívico conseguiu eleger líderes em 20 municípios (comune). Já o opositor Movimento 5 Estrelas (M5S), do ex-comediante Beppe Grillo, ficou com 8. O PD garantiu Lecce, Padova, Lucca e Tarento.
“Poderíamos ter ido melhor”, admitiu Renzi em um post no Facebook, mas tentando minimizar os efeitos nas urnas e argumentando que as eleições municipais não alteram o panorama nacional. “As eleições foram mal, perdemos. Ganhou a direita. O M5S também demonstrou ser influente, com capacidade de alterar o resultado final”, comentou Ettore Rosato, chefe da bancada do PD na Câmara dos Deputados.
Já a centro-direita, além de Gênova e Pistoia, governará Verona, L'Aquila e Catanzaro.
Apesar de analistas políticos acreditarem que as eleições municipais não afetarão os próximos pleitos nacionais – já que a Itália vive em um governo “tampão” até a conclusão da nova lei eleitoral –, os resultados repercutiram dentro dos partidos.
A afluência às urnas também foi mais baixo do que o esperado. Apenas 46% dos eleitores habilitados votaram.