As autoridades dos Estados Unidos anunciaram que o governo norte-americano alcançou nesta segunda-feira (16/05) o seu limite legal de endividamento, de 14,3 trilhões de dólares (cerca de 23,2 trilhões de reais). O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, disse que o governo terá de suspender temporariamente investimentos em dois fundos de pensão públicos para evitar ultrapassar o limite.
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Em carta ao Congresso, Geithner voltou a pedir o aumento do limite da dívida “o mais rápido possível”. “Eu escrevi ao Congresso em ocasiões anteriores a respeito da importância de ação oportuna para aumentar o limite da dívida, de modo a proteger a total confiança e crédito dos Estados Unidos e evitar consequências econômicas catastróficas para os cidadãos”, diz a carta. “Eu volto a pedir para o Congresso agir”.
A renegociação do teto da dívida é comum no Congresso e ocorre de forma periódica desde que foi estabelecido um limite ao endividamento do país, em 1917. Na atual negociação, a oposição republicana, que controla a Câmara dos Representantes (deputados federais), quer vincular o aumento do teto a cortes no orçamento americano maiores do que os propostos pelo governo democrata.
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Segundo Geithner, com as medidas adotadas em relação à suspensão dos investimentos nos fundos de pensão, será possível evitar ultrapassar o teto apenas até 2 de agosto. Caso o Congresso chegue a um acordo para aumentar o limite da dívida, os investimentos suspensos nos fundos serão pagos integralmente, diz Geithner.
No mês passado, a agência de classificação de risco S&P's(Standard & Poor’s rebaixou sua perspectiva da dívida dos Estados Unidos de “estável” para “negativa”. A medida reflete a preocupação com o tamanho da dívida e também do déficit dos Estados Unidos, que já chega a US$ 1,4 trilhão (cerca de R$ 2,2 trilhões).
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