Pelo menos 11 pessoas – quatro militares e sete civis – morreram e 22 ficaram feridas nesta quarta-feira (30/11) em dois ataques a bomba na Somália. Um deles ocorreu na base militar de Villa Baidoa e outro em uma estrada na região de Baanadir, informou o site “Somalia Report”.
“Um terrorista suicida tinha como alvo o centro militar (de Baidoa, no centro do país). Vi as ambulâncias atravessarem o complexo e os corpos de quatro pessoas e ao menos 11 feridos”, relatou ao site um morador local, Osman Ali.
Acredita-se que o ataque suicida tinha como alvo o subcomandante das Forças Armadas da Somália, Abdikarim Youssef Aden, que serve na base militar de Villa Baidoa.
Até o momento, nenhum grupo terrorista assumiu a responsabilidade pelo ataque, embora analistas apontem a Al Shabab, milícia radical islâmica que tenta derrubar o governo de transição somali desde 2006 para impor a sharia (lei islâmica).
O “Somalia Report” disse ter a informação de que ao menos outros sete civis morreram e 11 ficaram feridos em Dharkenley, na região de Banaadir, no sudeste do país, devido à explosão de uma bomba colocada na beira de uma estrada quando um grupo de garis limpava o local.
Atualmente, a Al Shabab, que controla grande parte do sul da Somália, tenta repelir a ofensiva iniciada em 16 de outubro pela força conjunta formada pelo exército do Quênia, as forças armadas somalis e a Amisom (Missão da União Africana na Somália).
O Quênia, que até um mês e meio estava à margem do conflito na Somália, decidiu iniciar uma incursão militar no país vizinho, com o qual compartilha 1,4 mil quilômetros de fronteira, devido ao sequestro de quatro voluntários e turistas em território queniano, supostamente cometidos pela Al Shabab.
Desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, a Somália vive uma guerra civil e sofre com a falta de um governo efetivo, situação que permitiu à milícia radical islâmica vinculada à Al Qaeda estender seu domínio territorial.
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