Sexta-feira, 13 de junho de 2025
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Um cidadão de origem norte-coreana que desertou para Coreia do Sul em duas ocasiões enfrenta agora acusações das autoridades sul-coreanas por ter viajado ao Norte e expressado seu apoio ao regime comunista de Kim Jong-un, informou nesta quarta-feira (11/09) a Promotoria de Seul.

Os juízes acusam Kim Kwang-ho, quem chegou a obter nacionalidade sul-coreana, de violar a rígida Lei de Segurança Nacional deste país por ter entrado de forma ilegal em território norte-coreano e realizado diversas atividades para louvar o regime comunista.

Após deixar ilegalmente a Coreia do Norte em 2009, Kim viajou milhares de quilômetros com sua namorada, passando pela China, Laos e Tailândia durante três meses, até chegar novamente à Coreia do Sul em novembro.

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Ao chegar ao país, Kim obteve cidadania sul-coreana e se instalou com sua namorada em Seul, onde tiveram uma menina, mas não conseguiram se adaptar, já que a competitiva sociedade capitalista contrasta fortemente com a do sistema comunista do Norte.

Kim Kwang-ho saiu da Coreia do Norte duas vezes, retornou uma, foi capturado na China e enviado à capital sul-coreana

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Diante desta situação, Kim desertou outra vez para a Coreia do Norte através da China e, novamente em casa, passou a acusar publicamente o governo da Coreia do Sul de ter lhe atraído com propostas enganosas.

No entanto, segundo relatou a Promotoria sul-coreana, ele decidiu deixar novamente a Coreia do Norte em junho deste ano para seguir em direção à China, onde foi detido pelas autoridades, que ordenaram sua mudança para Seul ao constatarem sua nacionalidade sul-coreana.

Agora, Kim enfrenta as citadas acusações na Coreia do Sul em virtude da Lei de Segurança Nacional, que proíbe os sul-coreanos de viajar à Coreia do Norte sem autorização e também penaliza quem louva, encoraja ou faz propaganda do sistema comunista do país vizinho.

A cada ano, milhares de desertores seguem do Norte ao Sul para fugir da fome ou da repressão política, enquanto ambos os países mantêm um evidente antagonismo político desde a divisão da península coreana, em 1948, e a posterior Guerra da Coreia (1950-53).