Um estudo publicado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) nesta quarta-feira (11/09) aponta que 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados todos os anos no mundo, ao custo de US$ 750 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão). O órgão classifica como “inaceitável” o fato, dado que 870 milhões de pessoas passam fome no fundo.
“Todos nós –agricultores e pescadores, processadores de alimentos e supermercados, governos locais e nacionais, consumidores particulares – deve–os fazer mudanças em todos os elos da cadeia alimentar humana para evitar, em primeiro lugar, que ocorra desperdício de alimentos, e reutilizar ou reciclar quando não podemos impedi-lo”, afirmou o brasileiro José Graziano, diretor geral da FAO.
Pelo relatório, 54% dos resíduos dos alimentos no mundo ocorrem na fase inicial da produção – na manipulação, após a colheita e na armazenagem. Os restantes 46% de prejuízos ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo de alimentos. Os produtos que se perdem ao longo do processo variam em cada região.
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Na Ásia, o problema são as perdas envolvendo os cereais, em particular, o arroz. O prejuízo com carne é menor, segundo os dados. Porém, os resíduos de frutas contribuem significativamente para o desperdício de água no Continente Asiático, assim como na Europa e na América Latina.
Nos países em desenvolvimento, os maiores prejuízos ocorrem na fase após a colheita. A FAO recomenda que seja feito um esforço coletivo para orientar as colheitas e equilibrar a produção com a demanda. Também faz sugestões sobre a reutilização e recuperação de alimentos.
*Com Agência Brasil