Um estudo da Escola de Medicina da Universidade de Utah, nos EUA, divulgado nesta quinta-feira (08/10), identificou um mecanismo no corpo dos elefantes que destrói o câncer. Trata-se de um gene, chamado de p53, cuja atividade controla o crescimento de tumores.
Uma mutação nesse gene nos elefantes impede que eles adquiram câncer. Ele também está presente em humanos, no entanto, não tem a mesma capacidade. Dessa forma, a taxa de mortes causadas por câncer no animal é de menos de 5%, enquanto que, em humanos, a mesma taxa varia entre 11% e 25%.
“Com a descoberta temos a oportunidade de aprender mais sobre o gene e como tratar e prevenir o câncer em outros mamíferos, incluindo humanos, cães e gatos”, disse o pediatra oncologista Joshua Schiffman, chefe de pesquisa, ao Discovery.
Sérgio Conti/FlickrCommons
Em elefantes, a taxa de mortalidade por câncer é menor que 5%
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O estudo consistiu em extrair glóbulos brancos do sangue dos elefantes durante algumas semanas. Estas foram submetidas a um tratamento que danificava o DNA, provocando o surgimento de um tumor. Os cientistas observaram, então, que as células que começavam a formar o tumor e que eram mediadas pelo gene p53 se autodestruiram.
Agora, a equipe de Schiffman está buscando possibilidades para reproduzir ou imitar o p53, de maneira natural ou sintética, para que ele seja usado no combate à doença em pessoas.
“Esta opção pode ser uma medida mais efetiva no combate ao câncer do que tentar impedir uma célula cancerígena de continuar a se dividir e danificá-la para sempre”, disse ele.