Ao comentar o anúncio do maior pacote de cortes nos gastos públicos desde a 2ª Guerra Mundial, o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alan Charlton, disse nesta quarta-feira (21/10) que a situação “não é fácil” e que foi necessário tomar “medidas difíceis”.
O pacote, anunciado nesta terça-feira (20/10) pelo ministro das Finanças, George Osborne, afeta praticamente todas as áreas do governo britânico e deve provocar o fechamento de 490 mil postos de trabalho no serviço público até 2015.
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O embaixador lembrou que o Reino Unido tem um dos maiores déficits públicos da Europa, que ultrapassa os 150 bilhões de libras (cerca de 398 bilhões de reais). O valor equivale a 11% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Charlton ressaltou que os orçamentos de áreas como saúde, educação e ciência e tecnologia foram “praticamente protegidos”. Segundo ele, os projetos previstos para os Jogos Olímpicos de 2012 em Londres também serão mantidos, bem como os investimentos em estradas e em transporte público.
“Queremos acabar com o déficit, mas apoiar o crescimento. Precisamos de decisões bem pensadas. Vamos estimular o setor privado e cortar no setor público. Estamos pensando no futuro”.
Sobre as relações britânicas com o governo brasileiro, ele afirmou que a expectativa é que o relacionamento se torne “bem mais avançado”. A previsão para o próximo ano, segundo Charlton, é que o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, venha ao Brasil.
O Reino Unido é formado pela união de quatro nações: Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales.
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