O embaixador do Brasil no Suriname, José Luiz Machado e Costa, negou hoje (27) que houve alguma morte no ataque a brasileiros na cidade de Albina, a 150 quilômetros da capital surinamesa, Paramaribo. O padre brasileiro José Vergílio, citado pela BBC, disse que as vítimas fatais chegavam a sete e testemunhas também afirmaram ter visto pessoas mortas.
Costa chefia na tarde de hoje uma missão diplomática para verificar a situação dos brasileiros após o violento ataque que deixou ao menos 14 feridos. “Por enquanto, a missão confirmou o que estávamos dizendo, que não há mortos brasileiros no ataque. Só houve feridos mesmo.”, disse à Folha Online enquanto visitava a cidade. “Mas isso não diminui a gravidade do que ocorreu.”
Sobre os relatos de mortes, Costa disse que foi um “exagero”. “Entendo que todos estavam nervosos com o que ocorreu, mas houve um excesso, um exagero nos relatos”, argumentou. Isso inclui a informação de que a brasileira grávida perdeu o bebê de três meses que esperava porque os agressores golpearam a mulher com facões para retirar o feto. “Ela sofreu um aborto espontâneo, na verdade”, disse.
Missão brasileira
De acordo com a Agência Brasil, os feridos foram encontrados pela cônsul-geral do Brasil na Guiana Francesa, Ana Lélia Beltrame, na cidade de Saint-Laurent-du-Maroni, no território francês. A localidade faz fronteira com o Suriname e é separada de Albina pelo Rio Maroni.
Segundo o Itamaraty, nenhum dos feridos que cruzaram a fronteira estão em estado grave. A mulher que perdeu o bebê, informou o Ministério das Relações Exteriores, está com um ferimento na mão, mas sem gravidade.
O governo brasileiro disse que ainda não é possível fazer o levantamento das vítimas do massacre que permaneceram no Suriname.
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