Manuel Valls, responsável pela comunicação do candidato socialista à Presidência da França, François Hollande, acusou nesta segunda-feira (13/02) o stual chefe de estado, Nicolas Sarkozy, de “organizar comícios com dinheiro público”, em referência aos seus últimos discursos.
“Já chega de usar os recursos do Estado” para sua campanha, disse Valls na emissora de rádio “Europe 1”, onde afirmou que o PS (Partido Socialista) irá apresentar uma reivindicação à Comissão Nacional de Contas de Campanha.
É a segunda vez que membros da campanha do candidato socialista recorrem a esse organismo. A primeira, no final de novembro, ocorreu após a vitória de Hollande nas primárias organizadas por seu partido para escolher um candidato.
Na ocasião, a Comissão afirmou que uma parte das despesas das viagens do presidente poderiam ser incluídas no orçamento de sua campanha caso Sarkozy, da UMP (União por um Movimento Popular), se declarasse candidato e comprovasse a existência de propostas eleitorais.
Valls considerou que Sarkozy “não respeita a lei” ao “organizar autênticos comícios com dinheiro público” e citou como exemplo o discurso feito na semana passada na usina nuclear de Fessenheim, onde atacou as propostas de Hollande para a área de energia.
O porta-voz de Hollande também criticou a intenção do candidato centrista, François Bayrou, do MoDem (Movimento Democrático) de ajudar a ultradireitista Marine Le Pen (Fronte Nacional) a conseguir o aval para poder apresentar sua candidatura.
Para Valls, essa medida é contrária ao espírito da lei francesa, que exige que cada candidato deve colher a assinatura de 500 cargos eleitos para poder se apresentar à corrida presidencial.
Marine, que segundo as pesquisas tem entre 15% e 20% dos votos, afirmou que tem problemas para obter as assinaturas necessárias e acusou os grandes partidos de influenciarem seus partidários a não concederem qualquer assinatura a ela.
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