Um dos países mais afetados pela crise econômica mundial, com cerca de 50% dos jovens desempregados, a Espanha também vive uma epidemia de corrupção nos órgãos públicos. É o que mostra um estudo da Universidade de la Laguna, divulgado nesta segunda-feira (17/06) pelo jornal El País, que documenta a ocorrência de 800 casos de corrupção em um intervalo de dez anos.
Entre 2000 e 2010, mais da metade dos espanhóis (56,1%) foi vítima de desvio de verbas públicas em seu município.
Agência Efe
Caso de maior repercussão atualmente é o do ex-tesoureiro do PP Luís Bárcenas
De acordo com a pesquisa, houve uma explosão no número de casos a partir de 2006, devido à bolha imobiliária no país. “Pensávamos que essa concentração na segunda metade da década era devido a algum elemento conjuntural, mas não: é porque havia uma conivência entre empresas privadas e instituições públicas”, explica Víctor Martín, um dos três responsáveis pelo projeto.
As regiões espanholas que registraram maiores índices de corrupção foram Andaluzia e Valencia, com 154 e 94 casos, respectivamente. Nos últimos anos, o governo espanhol aumentou o número de agentes da Udef (Unidade de Delinquência Econômica e Fiscal), responsável por apurar os desvios de dinheiro público, de 100 para 299.
Atualmente, a investigação que tem tido maior repercussão é a que envolve Luis Bárcenas, ex-tesoureiro do governista PP (Partido Popular).
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