“Nós, como país, temos de levar em conta que este tipo de violência em massa não acontece em outros países avançados”, afirmou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na tarde desta quinta-feira (18/06). A declaração vem horas após o massacre em uma igreja frequentada pela comunidade de Charleston (Carolina do Sul) deixar ao menos nove mortos. O suspeito foi preso.
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Para Obama, o episódio “coloca uma ameaça particular à democracia” norte-americana e lembra que esse não foi um fato isolado na história do país. Em 1963, umataque contra uma igreja frequentada por negros em Birmingham, Alabama, matou quatro meninas e gerou uma onda de revolta por direitos civis no país.
O chefe de Estado confirmou que o principal suspeito pelo ataque — Dylann Roof, de 21 anos — foi detido pela polícia e está preso e que o FBI está investigando o caso como um “crime de ódio”.
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Na noite de quarta (17/06), o jovem branco entrou armado em um culto religioso na Igreja Africana Metodista Episcopal Emmanuel. Entre as nove vítimas estava o senador estadual democrata Clementa Pinckney. “Pessoas inocentes foram mortas em parte porque alguém que queria machuca-las não teve problema em ter uma arma na mão”, comentou o presidente.
“Nossos pensamentos e orações estão com as famílias, mas isso não diz o suficiente para expressar a tristeza e a raiva que sentimentos”, disse Obama. “Qualquer tiroteio que envolve múltiplas vítimas é uma tragédia”, acrescentou em conferência na Casa Branca.